amianto

  • FERNANDA GIANNASI É A GRANDE GANHADORA DO “PRÊMIO FAZ DIFERENÇA” NA CATEGORIA ECONOMIA

    Vencedores

    Categoria Economia: FERNANDA GIANNASI

    11/02/2018  / ATUALIZADO 16/02/2018
    Em 1940, em Bom Jesus da Serra, no semiárido baiano, começava no Brasil a extração do mineral que seria responsável, décadas depois, por doenças e pela morte de milhares de trabalhadores. Diante disso, o dia 29 de novembro do ano passado foi histórico. O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a produção, o comércio e o uso do amianto no Brasil, em resposta ao intenso movimento de trabalhadores, médicos, fiscais do trabalho e advogados para banir o uso da fibra cancerígena. Desautorizado em mais de 70 países, o amianto já matou mais de dois mil brasileiros. A auditora fiscal do trabalho Fernanda Giannasi é o retrato, a força motriz dessa luta.
  • 'PRÊMIO FAZ A DIFERENÇA' CONTEMPLOU SOLUÇÕES PARA SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL

    Categoria 'Economia' foi significativa ao homenagear Fernanda Giannasi, auditora fiscal do que trabalha contra exploração do amianto. A educação também teve destaque com premiação da pesquisadora Joana D’Arc Felix como personalidade do ano.

  • A CEGUEIRA QUE LEVOU A ETERNIT À RECUPERAÇÃO JUDICIAL

    A fabricante de telhas, que pediu recuperação judicial nesta segunda, pagava gordos dividendos em vez de investir em inovação.

    No último dia 09 de fevereiro, o engenheiro Luis Augusto Barcelos Barbosa embarcou com executivos da empresa que preside, a fabricante de telhas Eternit, para uma viagem de duas semanas por quatro países da Ásia e Europa com a dura missão de encontrar um novo modelo de negócios para a empresa. “O plano é conhecer empresas que, assim como a Eternit, tiveram que mudar após a proibição do amianto. O grande desafio é desenhar a nova Eternit. Descobrir quem ela vai ser nos seus próximos 80 anos”, afirmou Barbosa em entrevista a EXAME antes do embarque.

  • A luta brasileira contra o amianto em relato francês: “Uma curiosa história das relações franco-brasileiras”

    Tradução de trecho retirado do texto “Une curieuse histoire des relations franco-brésiliennes” publicado originalmente em medelu.org/Une-curieuse-histoire-des-relations-franco-bresiliennes


    O caso da Saint-Gobain é emblemático dos problemas colocados pela apresentação da exposição.As informações apresentadas afirmam que “com a chegada das multinacionais ao país, termos como práticas ambientais, projetos sociais, governança corporativa, passam a ser realidades no mundo dos negócios no Brasil”, ou que “Em 1999, a Brasilit e a Saint-Gobain o grupo lançou a busca por alternativas ao amianto ”, o que demonstraria “um forte compromisso com a preservação do meio ambiente e com a qualidade de vida dos consumidores”. 
    O ponto é ousado. O Brasil não usava amianto até o final da década de 1960, quando a Saint-Gobain e o grupo suíço Eternit começaram a operar a maior mina de amianto da América do Sul, em Cana Brava, no Estado de Goiás [6]. No entanto, os efeitos particularmente danosos do amianto na saúde eram conhecidos desde o início do século, e a demonstração científica de sua natureza cancerígena foi feita em 1962 [7]. 

    Na década de 1970, o regime militar (1964-1985) censurou informações sobre saúde ocupacional e riscos industriais e proibiu sindicatos independentes. Numa época em que, na década de 1990, as estratégias de influência postas em prática pelos fabricantes do setor para minimizar os riscos de exposição ao amianto não eram mais suficientes para impedir os Estados europeus de legislarem [8], e quando os sindicatos nacionais brasileiros votaram a favor sua proibição total em 1994, o Sr. Bernard Giboin, diretor de relações internacionais do ramo de "materiais de construção" da Saint-Gobain, declarou que "se a França acabou de proibir o uso de cimento-amianto, existem países grandes como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão que ainda permitem. O número de países onde é proibido é muito inferior ao de países onde continua autorizado”[9]. Com esse argumento invocado, a Saint-Gobain continuou operando a mina Cana Brava e comercializando materiais contendo amianto no mercado brasileiro.

    O grupo francês só está reorientando sua estratégia industrial aos poucos e, se anuncia ao visitante que "lançou a busca por alternativas" (porém já comercializadas em outros mercados), a Brasilit, sua subsidiária brasileira, anuncia que parou de usar amianto em suas fábricas em janeiro de 2003 [10]. A Saint-Gobain não desfez seus interesses na mina de Cana Brava até dezembro de 2003. 

    No final da década de 1990, com a criação da Associação Brasileira de Amianto Exposto [11], e após décadas de recusa de reconhecimento e indenização às vítimas, a Saint-Gobain ofereceu aos seus ex-trabalhadores uma indenização global em caso de doença, contra a recusa em levar a empresa a tribunal. Além disso, o grupo francês entrou com uma ação de difamação contra a Sra. Fernanda Giannasi, ex-inspetora do trabalho e fundadora da Abrea, que denuncia os valores ridiculamente baixos dos acordos extrajudiciais, as pressões sofridas pelos trabalhadores para assinar esses acordos com a Saint-Gobain. As acusações são retiradas por um tribunal brasileiro após uma campanha internacional em apoio à Sra. Giannasi [12]. 

    Atividades de lobby

    Na década de 1990, a multinacional francesa intensificou iniciativas para ocultar os perigos do amianto do público brasileiro e para convencer as autoridades da possibilidade de seu uso controlado e inofensivo [13]. A produção, a comercialização e o uso do amianto no Brasil foram proibidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017. No painel dedicado à Saint-Gobain francesa no Museu Histórico de Santa Catarina, se a “qualidade de vida do consumidor” é mencionado, o cinismo não terá sido levado ao ponto de argumentar um forte compromisso da empresa com seus trabalhadores e ex-trabalhadores.

    Trecho do texto em sua versão original em francês

    Une curieuse histoire des relations franco-brésiliennes
    Le cas de Saint-Gobain est emblématique des problèmes posés par la présentation qu’en fait l’exposition. Les informations affichées stipulent que « avec l’arrivée d’entreprises multinationales dans le pays, des termes tels que pratiques environnementales, projets sociaux, gouvernance d’entreprise, deviennent des réalités dans le monde de l’entreprise au Brésil », ou encore que « en 1999, Brasilit et le groupe Saint-Gobain lancent la recherche d’alternatives à l’amiante », ce qui démontrerait « un engagement fort envers la préservation de l’environnement et pour la qualité de vie des consommateurs ». Le propos est audacieux. En effet, le Brésil n’utilisait pas d’amiante jusqu’à la fin des années 1960, avec la mise en exploitation par Saint-Gobain et le groupe suisse Eternit de la plus grande mine d’amiante d’Amérique du Sud, à Cana Brava dans l’Etat de Goiás [6]. Or les effets particulièrement dommageables de l’amiante pour la santé sont connus dès le début du siècle, et la démonstration scientifique de son caractère cancérogène est faite en 1962 [7]. Dans les années 1970, le régime militaire (1964-1985) censure les informations concernant la santé au travail et les risques industriels, et interdit les syndicats indépendants. Au moment où, dans les années 1990, les stratégies d’influence mises en place par les industriels du secteur pour minimiser les risques de l’exposition à l’amiante ne suffisent plus à empêcher les Etats européens de légiférer [8], et que les syndicats nationaux brésiliens se sont prononcés pour son interdiction totale en 1994, M. Bernard Giboin, directeur des relations internationales de la branche « matériaux de construction » de Saint-Gobain, déclare que « si la France vient d’interdire l’usage de l’amiante-ciment, il y a de grands pays comme les Etats-Unis, la Grande-Bretagne et le Japon qui l’autorisent toujours. Le nombre de pays où il est interdit est très inférieur à celui des pays où il demeure autorisé » [9]. Cet argument invoqué, Saint-Gobain continue à exploiter la mine de Cana Brava et à commercialiser des matériaux contenant de l’amiante sur le marché brésilien.Le groupe français ne réoriente sa stratégie industrielle que très progressivement et, s’il annonce au visiteur avoir « lancé la recherche d’alternatives » (pourtant déjà commercialisées sur d’autres marchés), Brasilit, sa filiale brésilienne, annonce avoir arrêté d’utiliser de l’amiante dans ses usines en janvier 2003 [10]. Saint-Gobain ne se sépare de ses participations dans la mine de Cana Brava qu’en décembre 2003. À la fin des années 1990, suite à la création de l’Association brésilienne des Exposés à l’Amiante [11], et après des décennies de refus de reconnaissance et d’indemnisation des victimes, Saint-Gobain propose à ses anciens ouvriers une indemnisation forfaitaire en cas de maladie, contre leur renoncement à poursuivre l’entreprise en justice. En outre, le groupe français dépose plainte pour diffamation contre Mme Fernanda Giannasi, ancienne inspectrice du travail et fondatrice de l’Abrea, qui dénonce les montants ridiculement bas des accords extra-judiciaires, les pressions subies par les travailleurs pour signer ces accords, et les activités de lobbying de Saint-Gobain. Les charges sont abandonnées par une cour brésilienne suite à une campagne internationale de soutien à Mme Giannasi [12]. Dans les années 1990, la multinationale française multiplie les initiatives pour dissimuler les dangers de l’amiante au public brésilien et convaincre les autorités de la possibilité d’un usage contrôlé et inoffensif [13]. La production, la commercialisation et l’usage de l’amiante au Brésil sont interdits par le Tribunal Suprême Fédéral (STF) en… 2017. Sur le panneau consacré au français Saint-Gobain au Musée historique de Santa Catarina, si la « qualité de vie des consommateurs » est mentionnée, le cynisme n’aura pas été poussé jusqu’à arguer d’un engagement fort de l’entreprise pour ses travailleurs et ex-travailleurs.

    Link da publicação:https://www.medelu.org/Une-curieuse-histoire-des-relations-franco-bresiliennes

  • A luta contra o amianto perde Maria Geruza, uma de suas maiores ativistas.

    Homenagem à Maria Geruza Correia Elvas

    Neste momento de profunda dor e consternação, é grande a tristeza de perceber que as melhores pessoas partem. Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, nunca estamos preparados para perder alguém que amamos.Geruza, uma mulher de personalidade impactante, forte, determinada, confiante, amava a vida e as pessoas.Escolheu o Direito como profissão para advogar em defesa do ser humano, e assim o fez com maestria.Como Diretora Jurídica da Associação dos Expostos ao Amianto foi imbatível, enfrentando e ganhando várias causas contra as multinacionais do setor.Levava a vida com coragem e amor e, entre esses, seu companheiro de longas noites, Bento, seu amado gato.Amava a praia, o pôr do sol, as tartarugas desovando em Porto de Galinhas. Sempre que podia, ficava na sua pousada preferida, a Eco Porto, onde recarregava as energias para seguir os dias de luta brava que teria a sua frente.Geruza parte, hoje, nos deixando um legado de coragem, de fé e de esperança, na vida, no ser humano e na justiça.Seguiremos o seu legado, Geruza, porque sabemos que você estará sempre presente em nossos corações e em nossas memórias mais queridas, a nos guiar pelos caminhos da existência e de um mundo mais justo para todos.

     

  • Alerta aos viajantes: produtos de famosa multimarcas dos EUA contêm amianto

    Alerta aos viajantes: produtos de famosa multimarcas dos EUA contêm amianto - Universa .uol

  • Amianto tem produção e venda no país proibidas pelo STF

    Leia a materia completa.

  • APÓS CONTAMINAÇÃO POR AMIANTO NA BAHIA, EMPRESAS DEVEM PAGAR R$ 31 MI

    A mineradora Sama S/A Minerações Associadas e a multinacional Saint-Gobain do Brasil Produtos Químicos Industriais e para Construção Ltda foram condenadas pela Justiça Federal a pagarem mais de R$ 31 milhões por danos morais coletivos. A sentença, de 9 de abril, determina que o valor seja revertido em favor de projetos culturais, sociais e ambientais para Bom Jesus da Serra, município a 464 km de Salvador.

  • AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O AMIANTO E A SAÚDE DO TRABALHADOR

    FONTE: Inácio Teixeira/Coperphoto - EDIÇÃO: Inácio Teixeira

    Os Deputados estaduais Bira Coroa e Joseildo Gomes PT em suas falas enfatizaram a questão que se refere ao projeto que defendeu o deputado estadual Rosemberg Pinto, de que a Dow Química recebesse o benefício para o uso do amianto por mais 8 anos, o que foi vetado pelo Governador Rui Costa, e que agora está sobre estudo da casa civil e de entidades especializadas para a sua efetivação. Todos pedem o fim do amianto na Bahia e ponderam as possíveis modicações que virão da Casa Civil.

  • BANIMENTO DO AMIANTO REPRESENTA UM MARCO IMPORTANTE NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR NO BRASIL

    Por RM & Advogados - Assessoria de Imprensa ∙ 16 de janeiro de 2018

    Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chega à 15ª edição reconhecendo o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2017. E você, leitor, é nosso convidado a participar, indicando, com o seu voto, os que mais se sobressaíram em cada categoria. A votação popular, que pode ser feita através deste site, vai até o dia 28 de janeiro.

  • COMO OS DEPUTADOS DA BAHIA VOTARAM EM FAVOR DO AMIANTO

    Aprovação sumária em favor do Amianto e da Dow Química

    O projeto que permite o uso do amianto na Bahia até 2026, de autoria do líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto, relatado pela deputada Maria del Carmen, obteve aprovação por UNANIMIDADE numa sessão em que estavam presentes 39 deputados –  10 do PT, 5 do PP, 4 do PSD, 3 do PCdoB, 3 do PSL, dentre outros.

  • DIADEMA PROMOVE CAMPANHA SOBRE USO DE AMIANTO

    Na tarde desta quarta-feira (4), o CEREST de Diadema iniciou as atividades da campanha de esclarecimento sobre o uso irregular do amianto. A equipe esteve na UBS Piraporinha para orientar os profissionais da saúde sobre os malefícios do amianto e disponibilizar um material educativo para que seja distribuído nas residências. A campanha envolve palestras até 13 de abril que buscam orientar os profissionais da área da saúde e a população de Diadema.

  • Empresa indenizará família de ex-trabalhador vítima de câncer por exposição ao amianto

    Empresa fabricante de telhas, localizada na cidade de Pedro Leopoldo/MG, terá de indenizar os três herdeiros de um ex-trabalhador vítima de câncer de pulmão por exposição ao amianto. Indenização foi fixada em R$ 50 mil para cada.

  • Empresas são obrigadas a pagar indenização por uso de amianto

    Justiça condenou empresas a pagar uma indenização de R$ 400 mil para viúva e cinco filhos de um trabalhador que morreu de asbestose.

  • ETERNIT AJUIZA PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.


    A fabricante de materiais de construção Eternit comunicou na noite desta segunda feira que ajuizou pedido de recuperação judicial na comarca de São Paulo.

    Em fato relevante, a companhia justificou o pedido alegando persistente de terioração dos fundamentos da economia, as discussões legais acerca do uso d oamianto e queda na demanda e nos preços desse material.


  • ETERNIT PÁRA PRODUÇÃO DO MORTAL AMIANTO LOGO APÓS DECISÃO DE BANIMENTO PELO STF

    SÃO PAULO (Reuters) - A produtora de materiais para cobertura e telhados Eternit anunciou nesta terça-feira a paralisação das atividades da mineradora Sama e da fabricante de telhas de fibrocimento Precon Goiás, após o Supremo Tribunal Federal proibir o uso e comercialização de amianto crisotila no país.

  • Eternit terá que pagar R$ 500 mi por exposição ao amianto em 15 dias

    A Justiça de primeira instância determinou à Eternit que deposite R$ 500 milhões em juízo em até 15 dias, a título de dano moral coletivo em uma ação civil pública em Vitória da Conquista (BA). A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), em razão de pessoas que foram expostas ao amianto.

  • ETERNIT, COM FUTURO EM RISCO, DIVULGA RESULTADOS 

    ÀS SETE – A quase octogenária fabricante de telhas revela o balanço em um dos períodos mais conturbados de sua história 

    A quase octogenária fabricante de telhas Eternit publica seus resultados do quarto trimestre nesta quinta-feira em um dos períodos mais conturbados de sua história.

    Nos últimos anos a empresa amargou prejuízos, perda de valor de mercado, processos na Justiça e ainda viu sua matéria-prima ser proibida pelo Supremo Tribunal Federal.

  • FERNANDA GIANNASI É INDICADA A IMPORTANTE PRÊMIO COM INICIATIVA DO GLOBO

    Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chega à 15ª edição reconhecendo o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2017. E você, leitor, é nosso convidado a participar, indicando, com o seu voto, os que mais se sobressaíram em cada categoria. A votação popular, que pode ser feita através deste site, vai até o dia 28 de janeiro.

  • FERNANDA GIANNASI RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL POR LUTA CONTRA AMIANTO

    No Seesp

    A auditora-fiscal do Trabalho Fernanda Giannasi foi agraciada com o Prêmio Rachel Lee Jung-Lim 2017, em Seul, capital da Coreia do Sul, pelo seu trabalho em defesa do banimento do amianto. Em sua sexta edição, a homenagem é feita a uma pessoa por ano. A ativista não pôde comparecer à cerimônia de premiação, no dia 21 de dezembro último, mas foi representada por seus colegas, ativistas do movimento pelo banimento do amianto na Ásia.