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O paquete Funchal, que foi vendido em leilão no início do mês à empresa britânica Signature Living, tem 100 toneladas de amianto que é preciso retirar. Os números são da Quercus, que aguarda resposta das autoridades britânicas e portuguesas para perceber de que forma vai o navio ser transportado para Londres, onde deverá ser convertido num hotel.

Depois de ter sido comprado pela empresa com sede em Liverpool, o navio já foi tema de conversa no parlamento britânico. O assunto foi levantado pela International Ban Asbestos Secretariat (IBAS), uma associação ambientalista que trabalha o tema do amianto e que é parceira da Quercus.

As duas associações lembram as autoridades que o navio tem 100 toneladas de amianto friável (altamente degradado) e que não pode navegar sob o risco de libertar partículas. Nesse caso, há dois cenários em cima da mesa: ou o navio é rebocado até Londres, ou é sujeito a obras em Lisboa antes de seguir viagem.

"Ao ser rebocado, nós temos de ter garantias de que as autoridades marítimas inglesas vão receber este barco e que a remoção do amianto vai ser possível em Inglaterra. Caso as autoridades marítimas inglesas não autorizem a receção deste barco com a presença de amianto, então tem de ser assegurada a remoção do amianto aqui em Portugal", diz Carmen Lima, responsável pelo SOS Amianto, da Quercus.

Carmen Lima diz que agora é esperar para ver como se resolve o problema do paquete vendido em leilão no dia 5 de dezembro por 3,9 milhões de euros: "Nós já comunicamos com a nossa congénere inglesa, todas as autoridades inglesas já têm conhecimento desta situação e estão alerta para saber o que vai ser resolvido em relação às autoridades portuguesas sobre esta matéria."

Por agora, o paquete Funchal continua atracado em Lisboa, devera em breve seguir para o porto de Londres onde será convertido num hotel.